terça-feira, 22 de setembro de 2009

ENEM - HISTÓRIA

ENEM - 2003
Questão 48:
Observe as duas afirmações de Montesquieu (1689-1755), a respeito da escravidão:
A escravidão não é boa por natureza; não é útil nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque nada pode fazer por virtude; àquele, porque contrai com seus escravos toda sorte de maus hábitos e se acostuma insensivelmente a faltar contra todas as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco, duro, colérico, voluptuoso, cruel.
Se eu tivesse que defender o direito que tivemos de tornar escravos os negros, eis o que eu diria: tendo os povos da Europa exterminado os da América, tiveram que escravizar os da África para utilizá-los para abrir tantas terras. O açúcar seria muito caro se não fizéssemos que escravos cultivassem a planta que o produz.
(Montesquieu. O espírito das leis.)
Com base nos textos, podemos afirmar que, para Montesquieu,
(A) o preconceito racial foi contido pela moral religiosa.
(B) a política econômica e a moral justificaram a escravidão.
(C) a escravidão era indefensável de um ponto de vista econômico.
(D) o convívio com os europeus foi benéfico para os escravos africanos.
(E) o fundamento moral do direito pode submeter-se às razões econômicas.
Resolução
Resposta: Letra E
Habilidade Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
Comentários: Neste famoso texto, Montesquieu condena a escravidão. Portanto, eliminam-se as alternativas B, C e D. O texto não contém teor religioso, apenas ética e moral, o que elimina a alternativa A. Por sua vez, a letra E trabalha com uma questão de possibilidade, que vem ao encontro da segunda parte do texto de Montesquieu.
Temas: Escravidão

ENEM - 2004
Questão 55:
Algumas transformações que antecederam a Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela mudança de significado da palavra “restaurante”. Desde o final da Idade Média, a palavra restaurant designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos restaurateurs, que serviam pratos requintados, descritos em páginas emolduradas e servidos não mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta própria. Apenas em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da palavra restaurante com o sentido atual.
A mudança do significado da palavra restaurante ilustra
(A) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza.
(B) a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores da nobreza.
(C) a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da burguesia.
(D) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à Idade Média.
(E) a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo igualitária.
Resposta: Letra B
Habilidade: Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.
Comentários: Esta é uma típica questão com repetição de elementos em duas alternativas, que discuto no post Como resolver questões objetivas em provas e concursos. O candidato antenado, ao eliminar as alternativas absurdas, vai ficar entre as alternativas B e C.
Temas: Revolução Francesa

ENEM - 2006
O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma determinada corrente de pensamento.
“Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da eqüidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntarse em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.”
(Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991)
1-Primeira Questão
Questão 52: Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar:
(A) a existência do governo como um poder oriundo da natureza.
(B) a origem do governo como uma propriedade do rei.
(C) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.
(D) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.
(E) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.
Resolução
Resposta: Letra D
Habilidade: Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
Comentários: John Locke foi um dos mais importantes filósofos iluministas e pai do pensamento liberal. Sendo assim, se posicionava contra o poder absoluto e total dos governantes, seja rei ou não.
Temas: Liberalismo, John Locke.

Um comentário:

Anônimo disse...

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